segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hiperatividade



Como é feito o diagnóstico da hiperatividade? É possível que alguém apresente algumas características desse distúrbio e não seja hiperativo, ou vice-versa?

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) nem sempre é fácil, principalmente em crianças mais novas. Ele é baseado nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) ou no Código Internacional de Doenças (CID10). O mais utilizado é o DSM-IV, que é fundamentado em critérios clínico-comportamentais. Os exames complementares, como a neuroimagem ou o eletroencefalograma, não fazem parte do diagnóstico. Para que a criança seja portadora do TDAH, as alterações clínico-comportamentais devem satisfazer os critérios do DSM-IV. Caso contrário, o diagnóstico não pode ser considerado.

É importante que a criança seja avaliada por um profissional experiente nesse assunto, pois, assim, a chance de erro no diagnóstico será menor, uma vez que não há um marcador biológico para isso. Além da avaliação médica, o diagnóstico pode ser complementado por uma avaliação psicológica e uma avaliação escolar, em que se inclui pelo menos um histórico acadêmico e exemplos de comportamento da criança, obtidos por meio de questionários e observações diretas. É possível que a criança apresente algumas características do TDAH e não seja portadora da síndrome. Por isso, é necessário frisar que os sintomas devem estar presentes por mais de seis meses e em diferentes contextos sociais e ter surgido antes dos 7 anos de idade, embora alguns autores não estejam totalmente de acordo com esta última condição.

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